segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CRIOULISMO - DISSERTAÇÃO

                                                                                                   J. Sá-Carneiro

                                                                                                   (Memória  2007)

CONCLUSÃO

( Embora este texto não seja mais do que um breve projecto, na iminência de sermos chamados a Angola em qualquer momento, e nada podermos fazer durante o 2º periodo, queremos deixar nele inscritos, num máximo possivel, "elementos de algum valor informativo", de modo a fazer jus, pelo menos a uma modesta Creditação. )

Qual a razão do nosso esforço no elogio do Crioulo Angolano?

Porque vivemos 40 anos em África ( Angola e África do Sul ), mas tambem o resto da nossa já longa vida aqui em Portugal, podemos facilmente chegar à conclusão de que, pelo menos actualmente, ambos estes Paises vivem mal. Sentem-se dificuldades e carências por todos os lados, e não se vislumbram as possiveis soluções.

Angola é rica, mas tem enorme carência de "quadros".

Portugal terá "quadros", mas é excessivamente pobre.

A verdade é que Portugal e Angola são, cultural e economicamente , complementares.

Já o sabiamos há 50 anos, e foi nessa base que, as economias de ambos, desde aí, e até à Independência de Angola, continuamente se desenvolveram.   ...E bem!

É evidente que Angola já não é colónia. Angola é agora um Estado Soberano, e muito maior que o nosso Portugal. Mas isso não impede, de modo algum, que se torne a estabelecer um "plano conjunto".

Assim vamos tentar reproduzir o que já foi dito algumas vezes, em artigos do nosso próprio punho:

"No que pensamos é numa Cooperação Ampliada, Cultural e Económica, que, se for feita nos moldes convenientes, os Angolanos decerto aceitarão e que seria para os dois lados da maior conveniência".

Como o desenvolvimento cultural, e até industrial e agricola, de Angola ainda será, por muitos anos, processado em lingua portuguesa, claro que haverá sempre a maior necessidade de professores, engenheiros e outros técnicos, agrónomos, silvicultores e até médicos . Etc.

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...Porque não voltar a desenvolver a nossa Medicina Tropical, que chegou a ter vulto de

relevo internacional nos anos 50 e 60 ?

Porque não construirmos um Hospital Universitário, em Luanda?

Porque não uma Escola de Agricultura Tropical? ...Para angolanos e portugueses, claro.

Angola precisará também de manuais didáticos, literatura cultural e ligeira, bem como de muito outro serviço tipográfico, e até cartográfico, ...e muito, muito mais.

...Em contrapartida poderiamos ter nós posições preferenciais em muitas das produções de Angola, que seriam aqui consumidas, ou espalhadas por toda a União Europeia, ou mesmo reexportadas para terceiros paises, em muitos casos com "draubaque".

Simplesmente tudo isto teria que ser negociado com um máximo de inteligência, honestidade e respeito, de parte a parte.

...E o processo levado ao ponto de Grandes Empresas Nacionais dos dois Paises.

...E o Luso-Crioulismo Angolano tudo facilitaria. ...Pois seria fácil a comunicação!

....Há concerteza um aspecto de que podemos ter absoluta certeza: Os Angolanos

gostam de Nós, ...preferem-nos a Nós, ...E Nós gostamos dos Angolanos.

...Todavia é preciso saltar do "abstracto" para o "concreto"! ...É preciso começar!

Para terminar, tudo o que esperamos é que estas linhas chamem a atenção de alguém com mais capacidade, menos idade, e em melhor posição do que nós, para estudar e, se lhe encontrar algum mérito, activar e levar a cabo um tal programa."

Cascais, 13 de Abril de 2007

José Antonio de Sá Carneiro

 

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